A Latam diminuiu em 30% seu volume de voos no aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no segundo semestre deste ano. A redução na oferta é devido à determinação do governo federal de ter no terminal somente voos de e para Congonhas (São Paulo) e Brasília.
Devido a esta nova regra, que deve valer a partir de outubro, a aérea transferiu alguns dos serviços ao Galeão, e o aeroporto na Ilha do Governador deve ganhar ainda mais voos, dependendo das resoluções ainda pendentes do governo estadual do Rio de Janeiro no que diz respeito ao ICMS do combustível de aviação. As ponderações são do CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier.
“Devido às restrições em Santos Dumont, os voos publicados para o segundo semestre já são reduzidos em 30% do que tínhamos originalmente. Colocamos mais capacidade no Galeão, mas ainda temos de olhar para as restrições do ICMS, ainda pendentes no Estado, para colocar mais capacidade neste outro aeroporto” disse o CEO da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier.
“Já adicionamos capacidade ao Galeão, que agora conta com mais de 150 voos semanais da Latam, e esperamos aumentar a oferta a partir do momento que tivermos clareza na estratégia do governo fluminense. A expectativa é colocar no Galeão grande parte ou até mesmo a totalidade do que tiramos de Santos Dumont”, continua o CEO.
Durante apresentação dos resultados trimestrais da Latam, Cadier comemorou não só o lucro obtido pela companhia aérea no período, mas também o fato de a administradora aeroportuária Changi ter sido autorizada pelo TCU a manter concessão do Galeão. “Fico feliz. É importante ter um operador confiável para oferecer aos cariocas alternativas nos dois terminais”, afirma ele.
Congonhas e Guarulhos para a Latam Airlines
Além de Santos Dumont, Cadier mostra que os outros dois principais aeroportos brasileiros, Congonhas e Guarulhos, também vão ter restrições no aumento da oferta em curto prazo.
“Congonhas passará por reforma em seu terminal em algum momento até 2026. Aí sim pode ser considerado um aumento de slots, mas ainda é cedo para saber quanto e como. Em Guarulhos, há possibilidade pontual de alguns aumentos à medida em que se melhora distribuição de trânsito terrestre, com alguma construção de saídas rápidas na pista. Há também o planejamento da construção de um terminal internacional, que se chamaria T3B. Isso, sim, daria aumento de capacidade, mas ainda não quantificado”, finalizou Cadier.
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