De acordo com o que tinha anunciado no mês passado, o Grupo Latam deixou oficialmente o Chapter 11, programa da justiça americana para recuperação de empresas.
Roberto Alvo, CEO do Grupo, disse que esse é “um marco importante para a Latam”. Disse ainda que “estamos satisfeitos por concluir uma transformação significativa e sair do nosso processo de reorganização com uma posição financeira fortalecida e um compromisso renovado com a excelência operacional.”
A Latam passou a fazer parte do Chapter 11 em maio de 2020, pouco tempo depois do início da pandemia.
A saída oficial do Grupo do programa de auxílio foi amplamente divulgada no mercado e algumas notas interessantes foram emitidas pela empresa.
Notas do Grupo Latam
O Grupo Latam concluiu o processo de reorganização e saiu do programa com a mais ampla malha aérea da América do Sul e com uma sólida posição financeira.
Essa malha aérea compreende 144 destinos em 22 países, com previsão de recuperar mais de 85% da sua capacidade mundial até o fim deste ano.
Quanto à posição financeira, a empresa emerge com mais de US$2,2 bilhões de liquidez e dívida de US$3,6 bilhões menor do que antes de entrar no programa.
O Grupo Latam tem operações de afiliadas em 5 mercados domésticos da região da América Latina, sendo Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Equador, além de operações internacionais na América do Sul, Estados Unidos, Europa, Caribe, Oceania e, em breve, África. Isso porque a Latam Brasil deve retomar a rota São Paulo – Joanesburgo em meados do ano que vem.
A Latam Cargo, juntamente com as afiliadas cargueiras, estão em meio a um plano de expansão para aumentar suas respectivas frotas de 11 aeronaves Boeing 767-300F, em 2019, para 20 em 2024, o que garante melhores opções de transporte para seus usuários.
Ainda falando de frota, a Latam firmou parcerias com a Airbus para a aquisição de 87 aeronaves da família A320neo, que consomem até 20% menos combustível, até 2029.
Outra novidade recente do Grupo Latam foi a implementação de uma Joint Venture com a Delta, que passou a permitir o acesso de seus passageiros a mais de 300 destinos entre Estados Unidos/Canadá e os países da América do Sul, como Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru.
Esse acordo ainda garante que as companhias aéreas aumentem o seu nível de cooperação nesses mercados, o que geraria um maior número de rotas, conexões melhores e um maior fortalecimento dos programas de pontos.
Aliás, o Programa de Passageiro Frequente da Latam, o Latam Pass, é o maior da América do Sul e o sétimo maior do mundo.
A liderança da Latam na América Latina, seu histórico ousado e seu robusto plano de negócios atraíram novos acionistas de peso, como a Sixth Street, Strategic Value Partners e Sculptor Capital Management, que juntamente com os acionistas estratégicos atuais- Qatar, a família Cueto e a Delta- irão apoiar a conclusão da reorganização da companhia.
Em 15 de novembro, uma Assembleia Geral extraordinária será realizada para a renovação do Conselho Administrativo do Grupo Latam Airlines.
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