A Azul Linhas Aéreas anunciou que entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do Capítulo 11 da Lei de Falências americana, conhecido como Chapter 11. Esse processo, que tramitará em um tribunal de Nova York, visa permitir a reestruturação da dívida da companhia, estimada em mais de R$ 30 bilhões, enquanto mantém suas operações regulares. Uma vez aceito pela Justiça dos EUA, o processo pode durar entre seis meses a um ano.
A empresa protocolou petições no tribunal norte-americano para garantir a continuidade das operações, incluindo pagamento de salários, benefícios, passagens já adquiridas, programa de fidelidade Azul e compromissos com fornecedores críticos — medidas padrão em processos do Chapter 11. Em comunicado ao mercado, a Azul afirmou que, durante toda a reestruturação, continuará operando normalmente, mantendo todos os compromissos com clientes, tripulantes e parceiros.
O CEO da Azul, John Rodgerson, declarou:
“A Azul continua voando – hoje, amanhã e no futuro. Esses acordos marcam um passo significativo na transformação do nosso negócio, pois nos permitirá emergir como líderes do setor nos principais aspectos da nossa atividade. Com uma abordagem colaborativa e o apoio dos nossos parceiros, tomamos a decisão estratégica de iniciar uma reestruturação financeira voluntária com um movimento proativo para otimizar a nossa estrutura de capital – que foi sobrecarregada pela pandemia da Covid-19, turbulências macroeconômicas e por problemas na cadeia de suprimentos da aviação. Nossa estratégia não se resume apenas à reorganização financeira. Ao utilizar esse processo, nós acreditamos que criaremos uma companhia aérea robusta, resiliente e líder – uma com a qual os clientes continuarão adorando voar, na qual os tripulantes continuarão amando trabalhar e que gerará valor para seus parceiros.”
Para entrar com o pedido de Chapter 11, a Azul S.A assinou Acordos de Apoio à Reestruturação com seus principais parceiros financeiros. Entre eles estão bondholders, seu maior arrendador de aeronaves — a AerCap —, além das companhias estratégicas United Airlines e American Airlines. O objetivo é implementar um processo proativo de reorganização financeira com foco no fortalecimento de longo prazo da companhia.
Os acordos envolvem um compromisso de aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento durante o processo e a eliminação de cerca de US$ 2 bilhões em dívidas. Adicionalmente, preveem até US$ 950 milhões em novo capital por meio de financiamento garantido por ações (equity) ao final do processo.
Diferentemente de outras reestruturações na região, a Azul já inicia o processo com acordos formalizados com seus principais parceiros financeiros e operacionais, o que pode acelerar e facilitar a conclusão bem-sucedida da reestruturação.
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